quarta-feira, 16 de abril de 2014

Você já viu uma casa construída com 31 containeres? Conheça!

À primeira vista, parece uma casa normal. Muito bonita, inclusive. Mas, em poucos segundos, você observa uma característica diferente na arquitetura.  Acredite – essa casa foi construída a partir de 31 containers.

Todd Miller, da firma de arquitetura ZeilgerBuild, projetou três andares, 6.000 metros quadrados e um quintal com piscina. Tanto o interior como o exterior, como dá pra perceber nas imagens, são uma homenagem à natureza industrial dos materiais do edifício.
A fachada apresenta uma combinação de paredes de aço ondulado e arte de rua. O grafite abrange quase todo o lado da casa, como algo que você veria em um recipiente se estivesse atracado em um porto. Um ótimo trabalho de equilibrar elementos industriais da casa com madeiras quentes e reconfortantes.
 
Confira nas imagens:
 
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Todas as fotos © Todd Miller
 
 
Gestão de Conteúdo Caroline Ornellas.
 
 
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terça-feira, 15 de abril de 2014

Dicas básicas para não escorregar na etiqueta


A etiqueta social pode ser definida como um conjunto de regras de comportamento dentro da sociedade. Tais regras são criadas a partir da prática e das tradições que passam de geração para geração, tornando-se regras claras a serem respeitadas.
Por se tratarem de convenções acerca do comportamento humano, cada sociedade irá criar o seu conjunto de regras de acordo com suas vivências e culturas, sendo a etiqueta social, então, algo relativo e historicamente construído. Apesar de diferente em cada lugar do mundo, o conjunto de regras de etiqueta social é considerado sempre uma expectativa social e um dever a ser cumprido, ensinado e preservado

A etiqueta social está relacionada a diversos aspectos da vida em sociedade: vestimentas, gestos, linguagem corporal e verbal, cumprimentos, etc., podendo ser considerada sinônimo de educação, elegância, cordialidade e respeito.


Se você deseja aprender a portar-se melhor e criar uma boa imagem de si para os outros, confira nossas dicas de etiqueta social e aprenda a agir da maneira mais sofisticada possível.

Etiqueta social – cumprimentos

Nós, latinos, temos a fama de sermos muito cordiais e simpáticos, o que se reflete na nossa etiqueta de apresentação. Tais costumes tornam o clima mais amável e propício para as conversas e amizades. Mas, apesar disso, nem toda ocasião comporta a famosa troca de beijo na bochecha. Veja abaixo uma lista de regras de etiqueta social para apresentações.
 
Quem chega ao local deve cumprimentar os demais.
  • O bom senso deverá determinar se a pessoa oferecerá um beijo ou um aperto de mão – tudo depende do grau de intimidade que se tem com o outro. Em apresentações, oferece-se a mão, sempre.
  • Ao dar um aperto de mão, esse deve ser firme e respeitoso: não deve ser feito com a mão flácida e nem forte ao ponto em que chegue a ser dolorido.
  • Sorrir e ser amável é essencial em qualquer cumprimento.
  • A pessoa mais jovem ou menos influente é sempre apresentada à mais velha e mais influente e nunca o contrário.
  • O homem é apresentado à mulher (a não ser que ele ocupe um cargo social mais elevado do que ela, em bailes de gala, premiações, etc.).
  • É de bom tom apresentar-se ao anfitrião logo que chegar a um evento, principalmente se você foi convidado por outro convidado.
  • A prática de beijar a mão de uma mulher é raramente usada e, quando for, deve ser apenas com as senhoras, nunca com senhoritas.

Etiqueta social – à mesa

Saber portar-se à mesa também é importante, principalmente em reuniões de negócios ou em festas como casamentos, por exemplo. Se você deseja conhecer um pouco mais sobre a etiqueta à mesa, clique aqui e leia o nosso post dedicado exclusivamente a essas regras.

Etiqueta social – vestimenta

A escolha da nossa roupa diz muito sobre nossa personalidade e nossa educação, também. Uma escolha imprópria será lembrada por muito mais tempo do que uma escolha acertada – e o estrago é grande! Por isso, esteja sempre atento ao dress code e respeite-o. Basicamente, o dress code pode ser organizado da seguinte forma:
  • Traje esporte – simples e informal. Exemplos: almoços, exposições, churrascos, festas infantis.
  • Traje esporte fino – um toque de formalidade. Exemplos: teatros, vernissages.
  • Social – formalidade total. Exemplos: jantares, casamentos, óperas.
  • Black-Tie – requinte e sofisticação. Exemplos: bailes de gala, premiações.
É possível encontrar regras de etiqueta social para muitas situações, do âmbito público ao privado; do real ao virtual. Tais condutas são memorizadas com a prática, tal como qualquer outro aprendizado. Na dúvida, siga a regra do “mais é menos”: mantenha-se recatado e “sinta” o ambiente em volta para saber como interagir, evitando atitudes espalhafatosas e, consequentemente, constrangedoras.
Dizem que as boas maneiras são uma forma de arte. Você está pronto para incorporá-las?
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Caroline Ornellas - Gestão de Conteúdo.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

O que fazer para driblar a perda de alcance orgânico do Facebook?

Empresas que utilizam a plataforma gratuita como ferramenta de relacionamento terão que adotar novas estratégias para se aproximar de seu público alvo

Por Rodrigo Schmitt | 14/04/2014

rodrigo@mundodomarketing.com.br

marcas,facebook,Rede SocialO Facebook decidiu mudar as regras do jogo no ápice da partida e deixou as marcas numa sinuca de bico. A rede social reduziu o chamado alcance orgânico das publicações, limitando o número de seguidores que recebe as atualizações das páginas presentes na plataforma. Para manter a eficiência anterior, agora, é preciso pagar taxas, que não estavam previstas no orçamento inicial das ações digitais.
As mudanças iniciaram em 2012, quando o Facebook limitou a abrangência em 16% do total de fãs de uma página. As restrições aumentaram ainda mais em dezembro de 2013, quando apenas 6% passaram a receber as postagens, segundo estudo realizado pela agência de publicidade Ogilvy. No caso de empresas com mais de 500 mil curtidas, a redução é ainda maior. O novo cenário impõe desafios para as empresas que já utilizavam a plataforma como ferramenta gratuita de relacionamento com os clientes. As marcas que apostaram nesta rede social e criaram suas fan pages direcionando o conteúdo publicado para o consumidor precisam agora rever suas ações.
Com a alteração, as organizações estão buscando estratégias para driblar as perdas. “Tenho observado todos os tipos de comentários a respeito desta modificação. Os números são ainda piores para marcas que possuem mais de 500 mil likes. O índice caiu para 1% a 2%. A saída para obter sucesso é trabalhar com um conteúdo diferenciado, voltado para o público alvo”, comenta Leo Carbonell, Diretor de Mídia e Performance da Espalhe, em entrevista à TV Mundo do Marketing.
Facebook,Rede Social,MarcasConteúdo Específico
Trabalhar com informações relevantes para o público e aceitar as taxas cobradas pelo Facebook foram as estratégias encontradas pelo Grupo Condor. A empresa de higiene bucal, limpeza, beleza e pintura artística criou cinco fan pages para divulgar as linhas de produtos que comercializa e o institucional da marca. Cada uma destas páginas tem uma forma própria de se relacionar com o cliente, apresentando promoções, novidades, dicas para o consumidor doméstico e o profissional, posts descontraídos, pesquisas, entre outros.
As redes sociais têm características importantes que serão aproveitadas nas novas ações da instituição. “São raros os lares no Brasil que não possuem ao menos um dos produtos fabricados pela Condor. A marca já está inserida dentro destas residências, mas o relacionamento com os clientes ainda necessita de um aprimoramento, e as mídias sociais têm um papel importante dentro da estratégia da empresa”, afirma Denis Bover, Gerente de Marketing do Grupo Condor, em entrevista ao Mundo do Marketing.
O fato de o Facebook ter reduzido o seu alcance não desencorajou o grupo a usar a ferramenta para se aproximar do cliente. A empresa decidiu arcar com os custos de patrocinar os links para atingir o maior número possível de usuários. O modelo de interação busca promover mensagens sobre os produtos e receber feedbacks dos consumidores. Cada uma das linhas da marca possui um slogan diferenciado cujo objetivo varia entre proporcionar autoestima às pessoas, sensação de bem-estar e estimular o ato de sorrir.
Facebook,Rede Social,MarcasEmpresas afetadas
Com a mudança realizada pelo Facebook, restringindo o alcance orgânico, as marcas terão que investir mais para atrair o usuário. As ações que buscavam incentivá-lo a compartilhar ou a comentar já não são mais suficientes para a publicação ter a abrangência anterior. A postura adotada pela rede social afeta diretamente os pequenos e médios empresários, tendo em vista que o custo com publicidade é alto.
Uma empresa como a Guaraná Antarctica, com 17 milhões de fãs, permanecerá com um número significativo de usuários atingidos pelo conteúdo publicado nas redes sociais, embora muito menor do que antes. No caso da marca de bebidas, o alcance orgânico será de pelo menos 170 mil seguidores. Negócios menores, no entanto, precisarão reformular as estratégias. Um pequeno estabelecimento de bairro encontrará dificuldade para compartilhar seu conteúdo com todos os seguidores.
Uma saída para as empresas afetadas é buscar a segmentação e analisar a audiência. “Existem ações para grandes e pequenas organizações. Uma delas é a criação de um conteúdo diretamente focado para uma categoria. O empresário precisa entender o que faz sentido a quem. O investimento não precisa ser tão alto caso o negócio tenha como foco um público específico em meio aos fãs da marca nas redes sociais. Se for uma grande rede e quiser impactar todo o Brasil, vai precisar de parceiros que arquem em conjunto com o valor que será investido na ação”, diz Alex Gonçalves, Senior Enterprise Consultant – Socialbakers Brasil, em entrevista à TV Mundo do Marketing.
Ingenuidade
As novidades apresentadas pelo Facebook podem parecer, num primeiro momento, que as empresas foram ingênuas ao investirem nas redes sociais. No entanto, o cenário encontrado pelas marcas dentro desta plataforma continua positivo. A cada dia a ferramenta se estabelece ainda mais como um canal direto de relacionamento com o público, onde é possível comentar sobre assuntos técnicos, dicas, promoções, lançamentos e esclarecer mitos e verdades a respeito de produtos e serviços prestados da organização.
Essa plataforma digital funciona como um importante canal de contato entre as marcas e o consumidor. Para isso, especialistas estão buscando estratégias para usar o Facebook criando mais do que apenas uma fan page. “As agências estão testando novas ações. Um exemplo é a criação de aplicativos. Outra maneira é trabalhar com as demais redes sociais em conjunto para facilitar o investimento, aumentar o alcance e não ficar dependente de apenas um ambiente”, diz Alex Gonçalves.
Outra marca que apesar da limitação imposta pelo Facebook investiu na rede social é a Avon. A empresa desenvolveu o “Vitrine da Beleza Avon”, aplicativo que estrutura uma exposição virtual para que os revendedores destaquem e dividam os produtos de sua preferência com amigos. A novidade entrou no ar este mês como mais um canal para apresentar os lançamentos e incrementar as vendas.
Audiência Personalizada
Utilizar com mais qualidade as informações que os internautas postam diretamente na fan page pode ser um atrativo para chamar novos usuários e motivar os que já mantém contato direto com a marca. “As organizações devem aproveitar o que o público comenta. É preciso trazer essa pessoa que interage espontaneamente para ver o que ela acha do produto que será lançado no mercado, entre outras atividades. Por que não a utilizar como garoto propaganda?”, lembra Alex Gonçalves.
Aproveitar os comentários do público ganha importância à medida que o Facebook anuncia mais restrições, entre elas a de penalizar páginas que peçam por curtidas e compartilhamentos em seus posts. Denominada "Isca para likes", esse tipo de publicação será escondido pela rede social, em mais uma ação clara para incentivar o investimento em posts patrocinados. As postagens de conteúdo repetidas e confusas também serão patrulhadas pelo Facebook. As novas orientações foram divulgadas na última quinta-feira.
Essas mudanças estão impactando negativamente o alcance do conteúdo colocado por empresas na rede social. “Para driblar essas novas normas é preciso criar um conteúdo vivo e compartilhável. Acima de tudo especial, em que os clientes consigam se expressar diante da marca. O Facebook está trabalhando para melhorar a performance de todos os usuários e desenvolvendo diversas ferramentas para que as pessoas consigam um resultado melhor e real nas redes sociais”, diz Leo Carbonell.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A Importância do Design na Internet

Reprodução
 
 
Estar presente na internet se tornou imprescindível para empresas que desejam seguir sendo competitivas com seu produto e/ou serviço.

 As empresas devem estar onde os clientes estão. É essa necessidade de se aproximar dos usuários que faz com que as empresas criem seus sites, mas ter uma página com as informações e o contato da empresa não é suficiente para obter bons resultados na internet.

 O design de um site vai muito além da aparência: são as cores, a disposição de elementos gráficos, arquitetura da informação, usabilidade, acessibilidade e navegabilidade. Juntando todos esses itens, temos um design limpo, simples e intuitivo que poderá aumentar o tráfego e a taxa de conversão de um site sem precisar de mais investimentos (que poderão ser realizados somente se quiser otimizar os resultados).

Design e comunicação

 O que diferencia o trabalho de um web designer profissional do trabalho de uma pessoa que sabe operar softwares são os resultados de tráfego e conversão. Ter presença na internet não é apenas possuir um web site, mas sim fazer com que o mesmo represente fielmente a sua marca e conquiste os usuários. Além do desenho, há alguns conceitos que devem ser considerados no desenvolvimento do design de sites:

1. Princípios de Gestalt – Trata da percepção das formas;

 2. Semiótica – Ciência que está relacionada à teoria da comunicação. Também está ligada à psicologia, filosofia e sociologia;

 3. “eye-tracking” – Estudo sobre o caminho que o olho do internauta percorre nos websites;

 4. Interação – O site precisa corresponder à interação do usuário;

 5. Cores – Estudos demonstraram que as cores podem alterar os resultados das vendas na internet, influenciando diretamente os usuários. Usa-las de maneira correta pode determinar a melhora dos resultados e o êxito de seu site.

 6. Usabilidade – As diretrizes de usabilidade podem fazer com que as informações mais relevantes ganhem “destaque” aos olhos dos usuários.

Novo design

 O Design é a base que sustenta a imagem da sua marca, por isso é importante que ele seja consistente; é tornar algo complexo em simples informações que todos consigam entender de forma prática e visualmente agradável.

 Para as empresas que já possuem sites e desejam aumentar seus resultados, um novo design pode trazer os seguintes benefícios:

• Aumentar a captura de e-mails;
• Aumentar o número de visita;
• Aumentar as páginas visitadas;
• Aumentar o tempo do visitante no site;
• Aumentar a qualidade dos comentários;
• Diminuir a taxa de rejeição
.
CONCLUSÃO

Um bom design não é apenas um “enfeite” para a sua marca, e pode conseguir resultados incríveis. Todos os benefícios citados anteriormente são difíceis de conquistar, mesmo com um bom trabalho de posicionamento (SEO) e links patrocinados e conseguir tudo isso apenas com uma mudança no design de seu web site já é ótimo!

Por Quintino Gomes Freire 

Fonte: http://www.agenciab5.com/importancia-design/

Gestão de Conteúdo: Caroline Ornellas

O Nedi está com as inscrições abertas para o curso: Design de Internet (Web Design) e Mídias Sociais.

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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Caricatura: Um passeio bem humorado pela história do Brasil

Humor é cultura ou, mais especificamente, é história. Para comprovar, basta abrir as páginas do recém lançado primeiro volume da série “História da Caricatura Brasileira” (Editora Gala, 528 págs.), de Luciano Magno, pseudônimo do historiador e sociólogo Lucio Muruci. A coleção pretende examinar a trajetória e a produção dos artistas gráficos que desenvolveram o gênero no Brasil, desde a Independência até os dias de hoje. O primeiro volume se dedica aos precursores e à consolidação da caricatura no Brasil.
 


 

Eis a primeira caricatura brasileira, publicada no periódico "O Maribondo", em 25 de julho de 1822, por desenhista anônimo. Na imagem, um corcunda representa os portugueses, atacado por um enxame de maribondos: os brasileiros. Trata-se de uma crítica política aos lusitanos e à situação colonial do país, a dois meses de sua independência. A imagem foi descoberta pelo historiador Luciano Magno, autor de "A História da Caricatura Brasileira".
 
“A caricatura é o mais completo, minucioso e indelével inventário do caráter de uma sociedade”, afirma o autor, para quem “o livro espera contribuir para a compreensão da importância da caricatura e de seus veículos, na construção da identidade brasileira e, como se trata de arte viva e dinâmica, no entendimento da longa história aberta à nossa frente”.
 
O título da obra deve ser entendida num sentido amplo, pois o trabalho não se limita específicamente à caricatura, isto é, o retrato pessoal com traços estilizados para produzir um efeito cômico. Põe em foco também a charge e o cartum que se desenvolveram como um prolongamento da caricatura. Nesse sentido, o primeiro volume é uma verdadeira crônica da história do Brasil no seu primeiro século de existência, traçada pela visão satírica e perspicaz dos artistas ou jornalistas gráficos.
 
"O Marimbondo"
 
“História da Caricatura Brasileira”, para começar, redefine o marco inicial do desenho de humor no Brasil, uma vez que o autor levantou uma charge anônima, publicada em 1822, no jornal “O Maribondo” (veja álbum), anterior ao trabalho de Manuel Araújo Porto-Alegre, de 1837, considerado até então o pioneiro. No entanto, não retira o mérito de Porto-Alegre, autor, organizador e animador das artes plásticas no país no século 19, que foi, efetivamente, o primeiro profissional do gênero.
 
Não se pode deixar de mencionar que, ao historiar o desenho humorístico, a obra traça ainda uma painel da evolução do jornalismo no país, relacionando as várias publicações que circularam no Brasil durante o Império, a maioria das quais comprometidas com ideias políticas, embora a presença marcante do humor fique evidente até mesmo no título desses periódicos, entre os quais podem-se citar “O Carcundão”, “O Carapuceiro” e “A Mutuca Picante”, além do já mencionado “O Maribondo”.
 
Entre os caricaturistas, chargistas e cartunistas que o primeiro volume resgata, destaca-se o ítalo-brasileiro Angelo Agostini, figura mais emblemática de nossa caricatura oitocentista, que teve papel importante nas campanhas abolicionista e republicana, além de ter sido o fundador de periódicos que marcaram época como o “Diabo Coxo”, que circulou em São Paulo entre 1864 e 1865, ou a “Revista Illustrada”, semanário carioca publicado desde 1876 e 1898.
 
Outros destaques
 
Além de nomes como o de Agostini ou do português Bordalo Pinheiro, amplamente conhecidos por quem se debruça sobre o assunto, o primeiro volume de “História da Caricatura Brasileira” resgata vários artistas que não foram contemplados ou mencionados em estudos anteriores, como Leopoldo Heck, Carneiro Vilella, Luiz Távora e Maurício Jobim. Além disso, recupera desenvolvimentos pioneiros fora do eixo Rio-São Paulo, como a produção paranaense, gaúcha ou pernambucana.
 
Resta dizer que caricatura, charge e cartum são a especialidade do autor que já organizou várias mostras sobre o tema, como “A era J. Carlos; 100 anos”, “O Barão e a Caricatura”, e “Henfil: a Marca do Traço”. Além disso, é o idealizador de uma Bienal Internacional da Caricatura, cuja realização está prevista ainda para este ano.
Antonio Carlos Olivieri Antonio Carlos Olivieri é jornalista e escritor
 
Tida por muito tempo como a primeira caricatura brasileira, esta charge foi publicada por Manoel de Araújo Porto-Alegre, também foi poeta e integrante do Romantismo. Satiriza a nomeação do jornalista Justiniano José da Rocha para o cargo de Diretor do Correio Oficial. A legenda começa assim: "Quem quer; Quem quer redigir O Correio Oficial! Paga-se bem. Todos fogem?! Nunca se viu coisa igual." Foi veiculada pelo "Jornal do Commercio" em 14 de dezembro de 1837.
 
 
Capa da "Revista Illustrada", de 19 de maio de 1888, comemorando a promulgação da Lei Áurea. O semanário, republicano e abolicionista, fundado pelo ilustrador e jornalista ítalo-brasileiro Angelo Agostini, foi um marco no mercado editorial brasileiro do século XIX, tendo circulado no Rio de Janeiro entre 1876 e 1898, com tiragens de até quatro mil exemplares. Agostini também foi o criador de "O Diabo Coxo", primeiro jornal ilustrado de São Paulo.
 
 
 
 
 

 A charge de capa do semanário ou hebdomadário "popular satírico" "A Comédia Social", de 21 de julho de 1870, faz a crítica da falta de água na cidade do Rio de Janeiro. O trabalho é de autoria de Aurélio de Figueiredo, o que comprovando a presença e a qualidade de nossa arte satírica oitocentista, contrariando a noção de que no século XIX a caricatura no Brasil foi eminentemente obra de estrangeiros.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por Antonio Carlos Olivieri,  jornalista e escritor
 
 
Imagens: Reprodução
 
A escola Nedi oferece o curso: Caricaturas e Desenho Humorístico com o facilitador, Lucas Liban.
 
Inscreva-se!
 
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Gestão de Conteúdo: Caroline Ornellas - Infinite Comunicação